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Arquitetos: Baito Architectes
- Área: 190 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:WE ARE CONTENTS
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Fabricantes: Arkoslight, HUBLER, JUNG, Mosa, Winckelmans
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado na base do “Massif des Maures”, o lote é relativamente contrastante. A oeste, em sua seção inferior, o terreno é relativamente plano. A leste, na parte superior, o terreno encontra-se em diferentes níveis, com bosques com vegetação silvestre constituída maioritariamente por carvalhos e pinheiros.
O terreno está situado em um bairro residencial perto do centro antigo de “Bormes Les Mimosas”. O objetivo com este projeto de Casa Funerária era criar um edifício em um ambiente familiar, sem ostentação. Dessa forma, cria-se um volume o mais denso possível para otimizar a metragem quadrada e minimizar seu impacto no lugar. Construído na colina, o projeto proporciona um espaço generoso à sua volta, permitindo um átrio e todas as vagas de estacionamento necessárias ao projeto. Este edifício, com uma volumetria simples, acolhe a abstração. Inspira-se na arquitetura local e proporciona aos seus usuários o conforto de se encontrarem num ambiente familiar. A ideia é partir de dentro para fora, mantendo as fachadas nuas para contrastar com a complexidade e a riqueza espacial do interior.
As fachadas são paredes cegas, abertas exclusivamente para fins de iluminação. Exprimem discrição e são a prova da simplicidade que os integra com fluidez no terreno e no entorno. Do hall, os salões familiares têm acessos independentes que permitem privacidade. Abertos no pátio, estão protegidos dos incômodos exteriores, mas ao mesmo tempo evitam que se sintam confinados, o que pode ser penoso num momento de luto.
A luz foi estudada para ser indireta, pontual e suavizada para permitir o luto sem ser observado. A penumbra enriquece a relação entre o falecido e sua família, a solicitação dos sentidos é, portanto, discreta a ponto de diminuir os ângulos da sala, proporcionando um ambiente favorável à meditação.
Uma grande porta liga a Capela do Repouso à zona técnica onde são preparados os corpos. É imprescindível tratar esta zona com o máximo cuidado, de forma a otimizar a preservação e preparação dos corpos. Por óbvias razões de discrição, a chegada dos veículos é planeada pelos fundos, permitindo que o manuseio seja feito fora de vista.
O projeto utiliza os códigos da arquitetura funerária: minimalismo, monumentalidade, luz, sombra… com o objetivo de criar uma arquitetura tranquila e duradoura.